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A ONU Mulheres é a organização das Nações Unidas dedicada à igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.

Brasil

11.03.13 – Ex-Presidente Lula assina adesão à Rede de Homens Líderes



11.03.2013


O ex-presidente Luiz Inácio Lulada Silva assinou nesta segunda-feira (11) o termo de adesão à Rede de Homens Líderes da Campanha do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, “UNA-SE Pelo fim da violência contra as mulheres”. A cerimônia de assinatura aconteceu no Instituto Lula, em São Paulo, e contou com a presença da Dra. Rebecca Tavares, representante da ONU Mulheres no Brasil, de Dona Marisa Letícia Lula da Silva, e de diversas autoridades ligadas à luta pelo fim da violência contra a mulher.

“Deveria ser um documento assinado no berço, quando se nasce. É quase uma coisa que deveria estar no nosso DNA”, afirmou Lula sobre o documento sobre o fim da violência contra à mulher.

A campanha, que reúne diversas agências e escritórios da ONU, tem por objetivo prevenir e eliminar a violência contra mulheres e meninas em todas as partes do mundo. Neste esforço conjunto, pais, irmãos, maridos, filhos, amigos, tomadores de decisões, líderes comunitários e de opinião, todos têm um papel fundamental a desempenhar e devem inspirar outros homens a manifestarem-se contra este tipo de violência. Por este motivo, como uma iniciativa chave da campanha UNA-SE, o Secretário-Geral da ONU criou a Rede de Homens Líderes, que trabalha para mobilizar homens e meninos a levantar suas vozes contra a violência, desafiar os estereótipos destrutivos e abraçar a igualdade.

O ex-presidente Lula acaba de se juntar a outros nomes de destaque no cenário internacional, como o ex- Primeiro Ministro da Espanha José Luis Rodríguez Zapatero, o arcebispo da Igreja Anglicana na África do Sul e vencedor do Prêmio Nobel da Paz Desmond Tutu e o escritor brasileiro e Mensageiro da Paz das Nações Unidas Paulo Coelho.

Rebecca Tavares ressaltou que a violência contra a mulher ainda é aceita em muitas culturas. Ela citou uma pesquisa feita no Butão em que 70% das mulheres consideram que o homem pode bater na mulher se ela queimar a comida. “Nós temos que mudar o pensamento e a cultura não somente dos homens, mas também das mulheres, dos jovens, das crianças”.

O ex-presidente enfatizou também a necessidade de campanhas para que as mulheres saibam dos mecanismos que têm para denunciar seus agressores e da proteção que podem ter.

Estiveram presentes no encontro: Denise Dau, responsável pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Prefeitura de São Paulo, Tatau Godinho, representando a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, a primeira-dama de São Paulo, Ana Estela Haddad, a secretária adjunta de políticas para as mulheres da Prefeitura de São Paulo, Juliana Borges, a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, a conselheira do Instituto Lula e ex-ministra do desenvolvimento social e combate à fome, Márcia Lopes, a representante do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Ana Alice, Clara Ant, diretora do Instituto Lula e Inês Nassif, coordenadora de comunicação do instituto.

“O papel fundamental exercido pelo ex-presidente Lula na história recente do Brasil é inegável. Ter desempenhado, durante dois governos seguidos, o mais alto cargo executivo do país, com certeza faz do ex-presidente uma grande influência para homens e meninos, e não apenas no Brasil. Como um líder e um modelo a seguir, a adesão do ex-presidente Lula à Rede de Homens Líderes vai inspirar de forma contundente a que homens e jovens também se manifestem contra este tipo de violência. Agradecemos ao ex-presidente Lula por sempre ter assumido abertamente esta missão, e por seguir reafirmando o seu compromisso com as mulheres no Brasil e no mundo”, afirmou Rebecca Tavares.

 

Foto: Heinrich Aikawa/Instituto Lula