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A ONU Mulheres é a organização das Nações Unidas dedicada à igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.

Brasil

Do Vale do Silício, Bel Pesce relata experiência empreendedora e de mulheres



31.03.2016


Aos 17 anos ela ingressou no conceituado Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, onde fez duas graduações e três cursos compactos. Ela trabalhou em empresas como Google e Microsoft. Palestra aconteceu como parte das atividades do Prêmio WEPS Brasil 2016 – Princípios de Empoderamento das Mulheres

Do Vale do Silício, Bel Pesce relata experiência empreendedora e de mulheres/

Segundo Bel Pesce, para ingressar no mundo do empreendedorismo é preciso perder o medo de errar
Foto: Itaipu Binacional

A principal diferença do Vale do Silício, região que concentra um grande número de empresas de inovação nos Estados Unidos, com o Brasil não é tanto o desenvolvimento digital, mas sim a habilidade que os norte-americanos têm em não condenar as pessoas que erram, afirmou a empreendedora Bel Pesce, sobre o medo que brasileiros têm de se tornarem empreendedores. “A menina que conquistou o Vale do Silício”, como Bel é conhecida, lotou o Cineteatro dos Barrageiros, em 29 de março, em Foz do Iguaçu.

Cerca de 800 pessoas, jovens na maioria, acompanharam a palestra “Uma jornada empreendedora”, em que a empresária conta sobre suas experiências no mundo dos negócios. A palestra faz parte das comemorações do Mês Internacional da Mulher na Itaipu e da programação complementar do Prêmio WEPs Brasil 2016 – Princípios de Empoderamento das Mulheres. A diretora financeira executiva da Itaipu, Margaret Groff, e a representante da ONU Mulheres, Nadine Gasman, deram as boas-vindas.

Do Vale do Silício, Bel Pesce relata experiência empreendedora e de mulheres/

Da esquerda para a direita: Nadine Gasman (ONU Mulheres) e Margaret Groff (Itaipu Binacional)
Foto: Itaipu Binacional

Para ela, é necessário que haja uma mudança na percepção do empreendedorismo no Brasil. O País precisa, segundo ela, de uma cultura que faça com que as pessoas falem abertamente sobre tentativas, acertos e, principalmente, erros. “A pessoa não é perdedora para a vida toda porque não deu certo na primeira vez.”

Bel tem experiência de sobra para falar sobre empreendedorismo. Aos 17 anos ela ingressou no conceituado Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, onde fez duas graduações e três cursos compactos. Ela trabalhou em empresas como Google e Microsoft. Ainda nos Estados Unidos, Bel lançou seu primeiro livro, “A Menina do Vale”, em 2012, na versão online. Logo no primeiro mês foram registrados 1 milhão de downloads.

Hoje, a jovem coordena a escola FazInova, com cursos online e presenciais, a editora Enkla, a agência Figurinha e a Start Up Be Dream. A história de Bel é coerente ao seu discurso: segundo ela, as conquistas vieram alguns após alguns erros e graças à tenacidade para seguir em frente. “O fato de eu nunca ter sido julgada pelos meus erros e ter adquirido experiência e aprendizado com eles me faz acertar hoje.”

Outra mudança de hábito que o Brasil precisa incorporar, segundo a empreendedora, é parar de esconder as falhas. Sua passagem pelos Estados Unidos mostrou que lá existe a cultura da tentativa e o erro é visto como fomento da inovação. “A pessoa que vai lá e tenta algo diferente é vista como herói nos Estados Unidos, não como perdedor, que cai fora do mercado.”

Incentivo – Para quem assistiu à palestra, a história de vida de Bel Pesce é um grande incentivo ao empreendedorismo. “Quero criar uma empresa de agricultura, já tenho o apoio da minha família para abrir meu próprio negócio e, com a palestra, fiquei mais motivado ainda”, disse Douglas Gatto, um dos cem estudantes do Colégio Estadual Professor Manoel Moreira Pena, de Foz do Iguaçu, presentes na plateia.