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A ONU Mulheres é a organização das Nações Unidas dedicada à igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.

Brasil

Em ação dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência, ONU e Caravana Siga Bem promovem ação com caminhoneiros



07.12.2015


Caravana Siga Bem adere à Campanha global da ONU nos 16 Dias “Torne Seu Mundo Laranja”; Brasil é o 5o no ranking de assassinato de mulheres

 

Em ação dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência, ONU e Caravana Siga Bem promovem ação com caminhoneiros/

No Brasil e no mundo, ONU Mulheres realiza a campanha “Tornar o mundo laranja pelo fim da violência contra as mulheres”

A ONU Mulheres, a OPAS (Organização Panamericana da Saúde) e a Caravana Siga Bem, Maior ação social itinerante da América Latina, organizam evento em Uberlândia (MG), no dia 7 de dezembro, em comemoração aos 16 Dias de Ativismo. Na ocasião, caminhoneiros, comunidades estradeiras e representantes das empresas patrocinadoras da Caravana Siga Bem, a Petrobras e a Mercedes-Benz, e também as empresas que se juntam às campanhas das Nações Unidas O Valente não é Violento e ElesPorElas (HeForShe), a Liquigás Distribuidora e a transportadora Braspress.

A iniciativa O Valente não é Violento é parte da campanha do Secretário Geral da ONU, Ban Ki-moon, e é voltada para homens e meninos, buscando envolvê-los na luta pela igualdade de gênero e para que desassociem a masculinidade de comportamentos violentos, exercendo valores como expressão de sentimentos, o cuidado com a saúde e com seus filhos e família.

Já a ElesPorElas (HeForShe) é um esforço global para envolver homens e meninos na remoção das barreiras sociais e culturais que impedem as mulheres de atingir seu potencial, buscando a paridade em todas as esferas sociais para homens e mulheres. O movimento tem adesão de governos, empresas e universidades, além de personalidades como a atriz Emma Watson.

Segundo o Mapa da Violência 2015, estudo elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), com o apoio da ONU Mulheres e da Organização Pan-americana de Saúde, o Brasil assume a 5ª posição no ranking de feminicídio, com uma taxa de 4,8 assassinatos por cada 100 mil mulheres. 55,3% desses crimes foram cometidos no ambiente doméstico e 33,2% dos assassinos eram parceiros ou ex-parceiros das vítimas, com base em dados de 2013 do Ministério da Saúde.
Em Minas Gerais, 152.075 mulheres foram agredidas por pessoa desconhecida em 2013 e 405.399 foram agredidas por pessoa conhecida, ainda de acordo com o Mapa da Violência lançado em novembro deste ano.

No âmbito da iniciativa O Valente não é Violento, a OPAS e a ONU Mulheres têm desenvolvido, com apoio da Embaixada da Austrália, oficinas sobre estereótipos de gênero e materiais informativos, como pesquisas, adesivos e mensagens para caminhoneiros da Caravana Siga Bem.

A representante da ONU Mulheres, Nadine Gasman, e o representante da OPAS, Joaquín Molina, estarão presentes no evento para transmitir seu apoio à comunidade estradeira e reforçar o pacto com a Caravana Siga Bem e todos e todas que lutam pelo fim da violência contra mulheres e meninas.

Para Nadine Gasman, “o trabalho de conscientização e envolvimento dos caminhoneiros que participam da Caravana Siga Bem é um grande avanço na prevenção da violência contra mulheres e meninas. A iniciativa O Valente não é Violento realiza workshops e leva informação sobre a igualdade de gênero para os caminhoneiros com o intuito de torná-los parte do problema e da solução”.

Além disso, os exames preventivos de saúde realizados na Caravana também são uma excelente forma de mostrar que o homem pode e deve ter cuidado com sua saúde e que é responsável pela gravidez e doenças sexualmente transmissíveis tanto quanto as mulheres.

 

Em ação dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência, ONU e Caravana Siga Bem promovem ação com caminhoneiros/

Caminhoneiros participam de oficinas sobre masculinidades e igualdade de gênero, organizada pela iniciativa O Valente não é Violento

 
PROGRAMAÇÃO

Das 13h às 17h:30 – Serviço de Saúde

Aferição de Pressão Arterial; Medição de glicemia; Vacinação; Distribuição de materiais sobre DSTs
Secretaria Municipal de Saúde

14h:30 – Recepção e apresentação da Caravana Siga Bem às autoridades presentes.

15h – Peça de Teatro com a Equipe da Caravana Siga Bem -” O CASSINO DO CUPIDO”

15h:45 – Solenidade com autoridades

16h:20 – Revoada de Balões

16h:30 – Entrevistas para a imprensa

 

16 Dias de Ativismo – No Brasil, a Campanha dos 16 Dias se inicia em 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra, e termina em 10 de Dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos. Os 16 Dias de Ativismo começaram em 1991, quando mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (CWGL), iniciaram uma campanha com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo. A data é uma homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, que se posicionaram contrárias ao ditador Trujillo, ficando conhecidas como “Las Mariposas”, e sendo assassinadas em 1960, na República Dominicana. Hoje, cerca de 150 países desenvolvem esta campanha. No Brasil, ela acontece desde 2003, por meio de ações de mobilização e esclarecimento sobre o tema.
Dados Mapa da Violência 2015 –  A fonte básica para a análise dos assassinatos no Brasil, em todos os Mapas da Violência até hoje elaborados, é o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde (MS).

A seguir, alguns dos dados apresentados no Mapa da Violência 2015: assassinato de mulheres no Brasil:
Assassinato de mulheres nas capitais – Vitória, Maceió, João Pessoa e Fortaleza encabeçam as capitais com taxas mais elevadas no ano de 2013, acima de 10 assassinatos por 100 mil mulheres. No outro extremo, São Paulo e Rio de Janeiro são as capitais com as menores taxas.

Estatísticas internacionais – De acordo com os dados da OMS, o Brasil tem taxa de 4,8 assassinatos por 100 mil mulheres, em 2013, o que coloca o país na 5ª posição internacional, entre 83 países do mundo.

Cor das vítimas – As taxas das mulheres e meninas negras vítimas de assassinatos cresce de 22,9% em 2003 para 66,7% em 2013. Houve, nessa década, um aumento de 190,9% na vitimização de negras, índice que resulta da relação entre as taxas de mortalidade brancas e negras, expresso em percentual.

Idade das vítimas – Baixa ou nula incidência até os 10 anos de idade, crescimento íngreme até os 18/19 anos, e a partir dessa idade, tendência de lento declínio até a velhice. O platô que se estrutura no assassinato de mulheres, na faixa de 18 a 30 anos de idade, obedece à maior domesticidade da violência contra a mulher.

16 Dias de Ativismo – Caravana Siga Bem
Data: 7 de dezembro de 2015
Horário: das 14h às 17h
Local: Posto Décio Parada Bonita – ROD 365 KM640 – Uberlândia/MG