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A ONU Mulheres é a organização das Nações Unidas dedicada à igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.

Brasil

Em Moçambique, mulheres rurais de Países de Língua Portuguesa fortalecem articulação internacional para igualdade de gênero no campo



21.04.2017



Dentre os pontos altos da oficina, estão definição de plano de mobilização e coleta de insumos para documento de incidência internacional da Rede Margaridas do Mundo. O processo contribuirá para o processo preparatório para a 62ª Sessão da Comissão da ONU para a Situação das Mulheres, em 2018, cujo tema prioritário é: Desafios e oportunidades no alcance da igualdade de gênero e no empoderamento das mulheres e meninas rurais

Em Moçambique, mulheres rurais de Países de Língua Portuguesa fortalecem articulação internacional para igualdade de gênero no campo/

Marcha das Margaridas , em Brasília, no ano de 2015
Foto: ONU Mulheres/Isabel Clavelin

Trabalhadoras rurais do Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e Portugal se reúnem, a partir desta quinta-feira (20/4), em Maputo na oficina “Organização e luta das mulheres rurais africanas e Países de Língua Portuguesa”. O Brasil está representado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), uma das entidades articuladoras da Marcha das Margaridas.

Um dos pontos altos da oficina será a definição de plano de mobilização e incidência da Rede Margaridas do Mundo, constituída, em 2015, e integrada por 17 países com foco nas demandas de mulheres do campo, da floresta, das águas e das cidades: Brasil, Chile, Panamá, Equador, Peru, Uruguai, Moçambique, Paraguai, Guatemala, México, El Salvador, Bolívia, Costa Rica, Honduras, Argentina, Venezuela e Colômbia. A Rede Margaridas do Mundo tem incidido no Fórum Rural Mundial, no Pan-Africana de Agricultores e na Associação Asiática de Africultores para o Desenvolvimento Sustentável.

Em Moçambique, a oficina proporcionará espaço para discussões e articulação de pauta internacional de incidência das mulheres rurais, sendo ponto inicial de processo preparatório para a 62ª Sessão da Comissão da ONU sobre a Situação das Mulheres (CSW62), programada para março de 2018, tendo como tema prioritário: Desafios e oportunidades no alcance da igualdade de gênero e no empoderamento das mulheres e meninas rurais.

“O empoderamento das mulheres rurais é decisivo para a Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável, adotada pelos Estados-Membros da ONU. Elas fazem parte de um dos grupos em situação de maior vulnerabilidade que, ao mesmo tempo, são agentes centrais para a erradicação da pobreza e promoção da segurança alimentar e nutricional. As mulheres rurais devem estar dotadas de participação plena, igualitária e efetiva em todos os níveis de decisão, como foi apontado no documento final da CSW61”, afirma Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres Brasil.

Ao longo dos dois dias, serão abordadas a situação das mulheres rurais africanas, a análise comparativa das frentes de incidência política das mulheres africanas e dos Países de Língua Portuguesa para a superação das desigualdades de gênero e a garantia dos direitos humanos das mulheres, entre outros temas.

Cooperação Sul-Sul – A oficina “Organização e luta das mulheres rurais africanas e Países de Língua Portuguesa” é parte do projeto “Brasil e África: Lutar contra a pobreza e empoderar as mulheres via Cooperação Sul-Sul”, implementado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), pelo Centro Internacional de Políticas para Crescimento Inclusivo (IPC-IG), pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e ONU Mulheres. A cooperação estabelece a parceria entre governos e organizações de sociedade civil dos países e outros atores locais interessados, por meio da criação de novos programas e iniciativas de políticas públicas e do fortalecimento e aprimoramento dos programas e iniciativas existentes.

A cooperação tem como propósito aumentar o engajamento do Brasil em parcerias internacionais de cooperação para o desenvolvimento com Países de Baixa Renda (PBR) na África e contribuir para a erradicação da pobreza e ao desenvolvimento socioeconômico inclusivo nos países-alvo, promovendo também a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres, com enfoque no fim da violência contra as mulheres e em sua inclusão econômica.