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A ONU Mulheres é a organização das Nações Unidas dedicada à igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.

Brasil

No Mês da Consciência Negra, EBC e ONU Mulheres destacam mulheres negras na liderança política contra o racismo no Brasil



20.11.2017


Série no Repórter Brasil, especial no Caminhos da Reportagem e debate no Diálogos Brasil visibilizam mulheres negras no Mês da Consciência Negra. Conteúdos colaborativos foram produzidos no âmbito da estratégia de comunicação e advocacy “Mulheres Negras Rumo a um Planeta 50-50 em 2030”, desenvolvida pela ONU Mulheres Brasil e pelo movimento de mulheres negras
Confira: #EmMarcha (Repórter Brasil): 13/11 | 14/11 |
| Diálogos Brasil | Agência Brasil |

 

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Em 2015, ONU Mulheres marchou ao lado de 50 mil mulheres negras contra o racismo e a violência e pelo bem viver com presença da subsecretária-geral da ONU e diretora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka; da diretora regional para as Américas e Caribe, Luiza Carvalho; e da equipe da entidade no país, liderada pela representante residente, Nadine Gasman
Foto: ONU Mulheres/Bruno Spada

Dois anos da Marcha das Mulheres Negras contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver. Protagonismo político das mulheres negras. Prioridade a ser dada às mulheres negras nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e na Década Internacional de Afrodescendentes como grupo vulnerabilizado pelo racismo e sexismo no Brasil. Estes três temas fazem parte da produção de conteúdos colaborativos entre a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e a ONU Mulheres Brasil para visibilizar as afro-brasileiras durante o mês da Consciência Negra.

“A EBC é nossa parceira constante e integrante do Pacto Global de Mídia, proposto pela ONU Mulheres para a produção de conteúdos colaborativos em favor dos direitos das mulheres no mundo. No Mês da Consciência Negra, a EBC apoia a estratégia de comunicação e advocacy político Mulheres Negras Rumo a um Planeta 50-50 em 2030, para posicionar as afro-brasileiras como um dos grupos prioritários da resposta brasileira aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e à Década Internacional de Afrodescendentes ”, afirma Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres Brasil.

De 13 a 18 de novembro, o telejornal Repórter Brasil apresentou a série de reportagens #EmMarcha, baseando-se nos dois anos da Marcha das Mulheres Negras. No ano de 2015, 50 mil afro-brasileiras fizeram manifestação nacional, em Brasília, reinvidicando um novo pacto social contra o racismo e o sexismo no Brasil. A manifestação teve apoio da ONU Mulheres, tendo a presença da subsecretária-geral da ONU e diretora executiva da Entidade, Phumzile Mlambo-Ngcuka, da diretora regional para as Américas, Luiza Carvalho, e da equipe da Entidade no país, liderada por Nadine Gasman. Apresentada pela jornalista Luciana Barreto, a série #EmMarcha do Repórter Brasil abordou o encarceramento de mulheres negras, o extermínio da juventude negra, saúde mental, entre outros temas.

Jurema Werneck, diretora da Anistia Internacional, é uma das entrevistadas da série #EmMarcha e falou sobre as diferentes lutas das mulheres. “A gente tem muito a ver com as lutas das mulheres de Burkina Faso, Londres, Indonésia ou México. A gente tem em comum a necessidade de superar barreiras, que são muitas que se colocam no caminho de uma mulher. Mas a barreira do racismo, que é tão violento, nem todas experimentam. O pilar dessa sociedade e desse Estado é o racismo. Então existe toda uma lógica, formas de ser e barreiras que nem todas experimentam. Aqui, no Brasil, mulheres negras, índias, ciganas experimentam barreiras de um tamanho que as mulheres brancas, por exemplo, nunca vão experimentar”. Jurema também salientou o impacto da violência contra a juventude negra na vida das mulheres negras. “Elas perderam muito e o que perderam não tem volta. Elas perderam o filho, o irmão. Eles não vão renascer”, completou. Os dois anos da Marcha também foi lembrando pela Agência Brasil em reportagem publicada em 18 de novembro.

No Dia da Consciência Negra (20/11), o programa Diálogos Brasil entrevista Valdecir Nascimento, Secretária-Executiva da Articulação de ONGs de Mulheres Negras Brasileiras e integrante do Comitê Mulheres Negras Rumo a um Planeta 50-50 em 2030, e Ana Carolina Querino, Gerente de Programas da ONU Mulheres. Elas falam sobre a vulnerabilidade das mulheres negras com origem no racismo e sexismo e a oportunidade de respostas mais efetivas nas agendas globais da ONU: Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e Década Internacional de Afrodescendentes. Um dos temas em discussão no programa é o feminicídio negro, tema de intensa mobilização durante os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, que se inicia neste 20 de novembro e se estenderá até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Três décadas de articulação política – O protagonismo político das afro-brasileiras é o tema do programa Caminhos da Reportagem, que será veiculado em 30 de novembro, às 22h30. Às vésperas dos 30 anos do movimento de mulheres negras no Brasil, que será comemorado em dezembro de 2018, o programa registra as estratégias e redes de incidência política em diferentes lugares do Brasil. Fontes e dados foram fornecidos pelo Comitê Mulheres Negras Rumo a um Planeta 50-50 em 2030, composto por lideranças negras da sociedade civil no apoio à estratégia de comunicação e advocacy homônima da ONU Mulheres Brasil.

Pacto Global de Mídia Planeta 50-50 – A EBC é parceira da ONU Mulheres no Pacto Global de Mídia “Dê um passo pela igualdade de gênero”. Faz parte de uma rede de produção de conteúdos colaborativos que reúne mais de 60 grupos de comunicação no mundo para visibilizar a pauta noticiosa sobre os direitos das mulheres para um Planeta 50-50, com paridade de gênero no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Além da colaboração de conteúdo, o Pacto Global de Mídia visa aumentar a quantidade de mulheres nos espaços de tomada de decisão nos meios de comunicação – uma das metas do Plano de Ação de Pequim, da 4ª Conferência Mundial da Mulher.