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A ONU Mulheres é a organização das Nações Unidas dedicada à igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.

Brasil

ONU Mulheres destaca compromisso da Agência Brasileira de Cooperação com a igualdade de gênero nos 30 anos do órgão



28.05.2017


Desde 1997, cinco acordos de cooperação dão concretude à parceria estratégica estabelecida entre a ONU Mulheres e a ABC, alcançando o montante de 6 milhões de dólares, voltados à implementação de políticas para as mulheres, entre elas os Planos Nacionais de Políticas para as Mulheres

ONU Mulheres destaca compromisso da Agência Brasileira de Cooperação com a igualdade de gênero nos 30 anos do órgão/

ONU Mulheres participou das atividades de comemoração dos 30 anos da ABC
Foto: ABC

“A Agência Brasileira de Cooperação tem papel fundamental na relação de cooperação entre ONU Mulheres e o governo brasileiro em favor do empoderamento das mulheres e da promoção da igualdade de gênero. Desde 1997, o órgão tem sido um elo decisivo na parceira do Brasil com organismos internacionais e agente ativo para a liderança do Brasil na agenda internacional sobre os direitos das mulheres, em especial na Cooperação Sul-Sul”, considera Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres Brasil.

Na semana em que a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) completa 30 anos, a ONU Mulheres é um dos organismos internacionais participantes dos atos comemorativos, em Brasília. Joana Chagas, oficial a cargo do escritório da ONU Mulheres Brasil, participou, na quinta-feira (25/5), do evento ABC 30 anos, que teve a presença do coordenador-residente da ONU no Brasil, Niky Fabiancic, entre outras autoridades.

Desde 1997, ano de fundação da ABC, cinco acordos de cooperação dão concretude à parceria estratégia estabelecida entre a ONU Mulheres e o órgão brasileiro, alcançando o montante de 4 milhões de dólares, voltados à implementação de políticas para as mulheres, entre elas os Planos Nacionais de Políticas para as Mulheres.

O primeiro acordo, firmado entre 1997 e 2002, propiciou o apoio da ONU Mulheres (antigo UNIFEM) para a preparação e a consolidação do plano nacional para a implementação dos compromissos firmados na 4ª Conferência Mundial das Mulheres, baseados no Plano de Ação de Pequim. Entre 2002 e 2004, a cooperação possibilitou projeto para a promoção dos direitos das mulheres e da igualdade de gênero. Nos anos de 2004 a 2008, a parceria estabeleceu o suporte da ONU Mulheres (antigo UNIFEM) à 1ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. Entre 2008 e 2013, o trabalho conjunto centrou esforços para a implementação do 2º Plano Nacional de Políticas para as Mulheres. O quinto projeto está em vigência desde 2014 estendendo-se até 2018, destinado ao fortalecimento das políticas para as mulheres.

Entre as novas tratativas entre a ONU Mulheres e o órgão, está a transversalização do tema de gênero nas ações de cooperação técnica da ABC.

No primeiro ano de operação da criação da ONU Mulheres, em 2011, a ABC chegou a estabelecer um programa executivo sobre direitos das mulheres por ocasião da primeira missão da então subsecretária geral da ONU e diretora executiva da ONU Mulheres Michelle Bachelet ao País. No Brasil, a ABC tem atuado como facilitadora e coordenadora das ações de cooperação internacional para fortalecer as políticas governamentais. Em âmbito internacional, a ABC tem viabilizado parcerias inovadoras na área de igualdade de gênero na cooperação trilateral. Um dos exemplos recentes é a parceria entre Brasil e Moçambique, apoiada pela ONU e pelo DFID, para empoderamento de mulheres nas áreas de proteção social, segurança alimentar e nutricional, empoderamento econômico, prevenção e eliminação da violência contra as mulheres e meninas.

Agenda 2030 – A Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável traz novas oportunidades para a cooperação internacional, a exemplo do Marco de Parceria para o Desenvolvimento Sustentável 2017-2021 entre a ONU e o governo brasileiro. “A cooperação Sul-Sul é estratégica e pode traçar novos caminhos para o empoderamento das mulheres e meninas e igualdade de gênero, raça e etnia no Brasil.

A Agenda 2030 coloca os países na direção de caminhos para acelerar a concretização de direitos ainda não alcançados por conta de desigualdades e discriminações estruturais, tais como o machismo, o racismo, as opressões contra trabalhadoras e trabalhadores do campo e da cidade, LGBTTI e outros grupos vulneráveis. As conclusões da Comissão da ONU sobre a Situação das Mulheres também ofertam rotas para as mmudanças que precisam ser feitas para garantir o acesso de mulheres e meninas aos seus direitos, assim ocomo o Objetivo Sustentável 5: Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas”, diz Nadine Gasman.