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Brasil

TV Brasil conquista Prêmio Vladimir Herzog sobre direitos das mulheres e vírus zika em documentário produzido com o apoio da ONU



17.10.2016


TV Brasil conquista Prêmio Vladimir Herzog sobre direitos das mulheres e vírus zika em documentário produzido com o apoio da ONU/

Mãe de menina com microcefalia, Ana Carla denuncia falta de infraestrura básica que permita o tratamento da filha
Foto: EBC

Caminhos da Reportagem vence concurso nacional e é escolhido como melhor documentário de TV. Conteúdos foram produzidos com o apoio da ONU Mulheres, UNFPA Brasil, Secretaria de Políticas para as Mulheres e assessoria técnica da OPAS/OMS. Parceria gerou matérias para o telejornal Repórter Brasil e programetes Viva Maria com Saúde, do programa Viva Maria da Rádio Nacional da Amazônia

| Assista aqui ao documentário “Mulheres do Zika” |

O impacto da epidemia da síndrome congênita do vírus zika na vida das mulheres é o tema do programa Caminhos da Reportagem escolhido como o melhor documentário de TV do 38ª Prêmio Vladimir Herzog de Anistia de Direitos Humanos. Produzido pela TV Brasil, o documentário Mulheres do Zika teve o apoio da ONU Mulheres, do UNFPA (Fundo de População das Nações Unidas) e da Secretaria de Políticas para as Mulheres e assessoria técnica da Organização Panamericana de Saúde/Organização Mundial da Saúde. A premiação será entregue na próxima semana, em 25 de outubro, em São Paulo.

“Mulheres do Zika” aborda a mudança na rotina das mães de bebês com síndrome congênita do vírus zika, em especial a microcefalia; a resposta que foi dada pelas instituições às necessidades das mulheres e a importância da discussão sobre direitos sexuais e reprodutivos. O programa traz, ainda, algumas iniciativas empreendidas pelas próprias mulheres no sentido de se informar, se proteger e se empoderar diante das consequências da epidemia. Bahia, Paraíba e Pernambuco formam o itinerário que o Caminhos da Reportagem percorreu em busca de histórias de mulheres e mães de bebês com síndrome congênita do vírus zika.

“Conhecemos diferentes mães que estão traçando um mesmo enredo de dúvidas, angústia e invisibilidade. Percebemos que a epidemia, que chamou a atenção do mundo todo, tem deixado suas principais vítimas na sombra. Donas de uma vida já difícil, centenas de mulheres pobres, negras, nordestinas agora carregam diariamente seus filhos em busca de uma cura improvável, a não ser pelo amor e fé que professam”, afirmou a repórter Débora Brito, em julho passado, quando da veiculação na TV Brasil. Outro ponto destacado pela repórter é o esquecimento de si mesmas. “Perguntar para as mães sobre o que desejam para si mesmas deixa um vácuo como resposta, tão absortas que muitas delas estão em cuidar de seus filhos. Desafiadas a pensarem em seus projetos de vida, algumas caem no choro e nem sabem o que falar. Confesso que em muitos momentos eu era a repórter que não sabia o que perguntar”, completou.

A equipe foi composta por mais dois profissionais: o cinegrafista André Pacheco e o assistente técnico de TV Alexandre Souza. Débora lembra do corre-corre da reportagem e da humanização das entrevistas, ressaltados pela cobertura de crise sanitária. “Todos os dias pude ver e sentir a apreensão das mães, mas também fui “contaminada” pela força, resiliência e esperança que elas têm exalado no enfrentamento das consequências da epidemia. Nos corredores de hospitais, nos centros de reabilitação, em casas humildes da periferia, ao som do choro dos bebês, tivemos boas conversas com essas mulheres. No começo tímidas, aos poucos reveladoras”, concluiu a jornalista.

Parceria – Além do Caminhos da Reportagem, os direitos das mulheres no contexto da epidemia do vírus zika foram abordados em cinco matérias do telejornal Repórter Brasil, da TV Brasil, e dos programetes Viva Maria com Saúde, do programa Viva Maria, veiculados na Rádio Nacional da Amazônia.

Outra conquista do Caminhos da Reportagem no Vladimir Herzog é a Menção Honrosa conferida à matéria “Racismo na Escola”, que apresenta demonstrações de racismo entre os muros da escola. Nas salas da educação infantil à universidade, o programa mostra que a cor da pele ainda é alvo de agressão e desrespeito. Em 2015, a EBC recebeu Menção Honrosa do 37º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, na categoria Reportagem de TV. O reconhecimento foi dedicado ao episódio “A Questão Racial”, do programa Caminhos da Reportagem.

Ficha técnica:

Vencedora
“Mulheres do Zika”
TV Brasil – Brasília/DF

Reportagem: Débora Brito
Editor de Texto: Anna Karina de Carvalho
Editor de Imagem: André Eustáquio
Imagens: André Pacheco
Auxílio Técnico: Alexandre Souza
Produção: Paula Abritta
Arte: Dinho Rodrigues e André Maciel
Parceira: ONU Mulheres e Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA)