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A ONU Mulheres é a organização das Nações Unidas dedicada à igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.

Brasil

Em Boa Vista, equipe humanitária do Serviço Jesuítas para Migrantes e Refugiados recebe capacitação da ONU Mulheres



30.03.2022


Atividade oferecida por meio do programa conjunto Moverse teve como tema os vieses inconscientes de gênero e de que forma eles acabam influenciando na criação de estereótipos e preconceitos que prejudicam o atendimento de mulheres refugiadas e migrantes  

 

Em Boa Vista, equipe humanitária do Serviço Jesuítas para Migrantes e Refugiados recebe capacitação da ONU Mulheres/noticias moverse

Doze trabalhadores e trabalhadoras humanitárias do Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados (SJMR) participaram de atividade oferecida por ONU Mulheres (Foto: ONU Mulheres / Gabriela Cardim)

 

De que forma os vieses que construímos inconscientemente levam à criação de estereótipos de gênero, preconceitos e pensamentos tendenciosos sobre mulheres e meninas refugiadas e migrantes em nossa sociedade? Como podemos identificá-los a ponto de não permitir que influenciem em nossas atividades? Essas foram algumas das reflexões feitas em capacitação oferecida pela ONU Mulheres a trabalhadoras e trabalhadores humanitários do Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados (SJMR) em Boa Vista (RR) no dia 23 de março. 

A atividade foi realizada a partir do programa conjunto Moverse, implementado pela ONU Mulheres, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), com o financiamento do Governo de Luxemburgo. O SJMR tem desenvolvido parceria com a ONU Mulheres, por meio do Moverse, para apoiar mulheres refugiadas e migrantes que buscam a autonomia financeira, em especial, por meio do empreendedorismo. No total, 12 pessoas que trabalham no atendimento direito a refugiadas e migrantes participaram da capacitação. 

Em Boa Vista, equipe humanitária do Serviço Jesuítas para Migrantes e Refugiados recebe capacitação da ONU Mulheres/noticias moverse

Durante a atividade, participantes puderam refletir sobre o quanto as ações cotidianas são influenciadas por preconceitos e ideias repetidas inconscientemente (Foto: ONU Mulheres / Gabriela Cardim)

 

Um dos colaboradores capacitados foi o analista social do SJMR Onogifro de Matos. Ele trabalha no atendimento de pessoas refugiadas e migrantes em Roraima desde 2018 e, atualmente, atua no setor de meios de vida. Ele afirma que a atividade ajudou a refletir sobre frases e conceitos que são repetidos sem a devida reflexão e o quanto isso pode impactar diretamente no trabalho realizado junto à comunidade atendida. 

“A reprodução inconsciente dos estereótipos é algo prejudicial para as pessoas ao nosso redor”, afirma. “Assim que começarmos a desmistificar o senso comum de que as mulheres nascem para serem donas de casa, estaremos criando espaço para a integração social e econômica das mulheres, porque estaremos entendendo o potencial de cada uma delas”, exemplifica. 

 “Quem trabalha no atendimento direto a pessoas refugiadas e migrantes nem sempre consegue refletir sobre suas demandas e ações cotidianas. Com essa capacitação, buscamos mostrar que é necessário direcionar e evitar alguns pensamentos que podem minar essa relação entre quem trabalha e quem recebe o atendimento, criando mais empatia, garantindo a ética no trabalho e gerando resultados mais positivos para toda a comunidade”, afirma a especialista em Transversalização de Gênero no programa Moverse, Laís Alves. 

A capacitação fez parte de uma série de atividades previstas pelo Moverse junto a trabalhadores e trabalhadoras humanitárias em Roraima ao longo dos próximos meses. Para receber mais informações sobre o Moverse, cadastre-se na newsletter do programa em http://eepurl.com/hWgjiL