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A ONU Mulheres é a organização das Nações Unidas dedicada à igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.

Brasil

Maior encontro da ONU sobre os direitos das mulheres apela ao aumento da liderança das mulheres na vida pública às vésperas do Fórum de Igualdade de Geração de 2021



15.03.2021


Maior encontro da ONU sobre os direitos das mulheres apela ao aumento da liderança das mulheres na vida pública às vésperas do Fórum de Igualdade de Geração de 2021/onu mulheres noticias igualdade de genero geracao igualdade csw

 

Tendo como pano de fundo a pandemia COVID-19, a 65ª Sessão da Comissão sobre a Situação das Mulheres apelará para o aumento da participação e liderança das mulheres na tomada de decisões para resolver os desafios globais.

A 65ª Sessão da Comissão sobre a Situação das Mulheres (CSW65), o maior encontro da ONU sobre igualdade de gênero e direitos das mulheres, abre hoje (15/3) com uma sessão quase totalmente virtual, abordando impactos devastadores da pandemia COVID-19 em primeiro plano, e preparando o terreno para o próximo Fórum Geração Igualdade, que terá acontecerá, na Cidade do México, de 29 a 31 de março.

O encontro de duas semanas – do qual participam os Estados-Membros da ONU, organizações da sociedade civil, especialistas em gênero e outras e outros agentes internacionais –, tem como objetivo construir consenso e chegar a um acordo sobre um roteiro para avançar a igualdade de gênero, com o foco este ano no tema, “Mulheres na vida pública: igualdade de participação na tomada de decisões, fim da violência, alcance da igualdade de gênero e empoderamento de todas as mulheres e meninas”.

Relatórios recentes sobre o tema reconfirmaram que o teto de vidro permanece para as mulheres em todo o mundo, restringindo sua participação na tomada de decisões, com mulheres servindo como chefas de Estado e/ou Governo em apenas 22 países; mulheres ocupando apenas 25% dos assentos parlamentares e 12 países sem nenhuma ministra em gabinetes. A pandemia COVID-19 exacerbou as desigualdades existentes – desde o aumento de relatos de violência doméstica, responsabilidades de cuidados não-remuneradas, taxas de casamento infantil e milhões de mulheres mergulhando na pobreza extrema ao perderem seus empregos em maior número do que os homens.

A diretora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, disse: “Esta pandemia foi a crise mais diretamente discriminatória que o mundo já viu. Tratou de forma mais dura as pessoas mais vulneráveis e afetou a vida das mulheres em todo o mundo. Mas, com vontade política firme para alcançar uma divisão de poder igualitária e rápida, mulheres e homens podem, juntos, enfrentar este e outros desafios urgentes de nosso tempo, desde a mudança climática até situações de conflito”.

“Esta é a visão da Agenda 2030 e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e a visão da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim. É a visão da sociedade civil e de multidões de jovens que já estão liderando o caminho, e de todos aquelas pessoas que se juntarão a nós nas Coalizões de Ação Geração Igualdade. Certamente é também a visão daquelas pessoas reunidas na Comissão da ONU sobre a Situação das Mulheres”, acrescentou ela.

Como o relatório do Secretário-Geral da ONU publicado sobre o tema deste ano destaca, para a divisão do poder se tornar uma realidade hoje, a violência contra as mulheres na vida pública deve ser eliminada significativamente, e as normas sociais, o acesso ao financiamento e as estruturas legais e institucionais devem ser transformados, para que apoiem a participação igualitária das mulheres e a tomada de decisões. Os governos também devem fortalecer as estruturas normativas, jurídicas e regulatórias, especialmente a implementação de cotas de gênero. Aumentar o ativismo das mulheres na sociedade civil também é fundamental para mudanças transformadoras em níveis nacional e global.

Palestrantes de alto nível, incluindo a vice-presidenta dos EUA Kamala Harris; a ministra francesa para a Igualdade de Gênero, Diversidade e Oportunidades Iguais, Élisabeth Moreno; a vice-ministra do México para Assuntos Multilaterais e Direitos Humanos Martha Delgado Peralta, a comissária europeia para Parcerias Internacionais Jutta Urpilainen, entre outras, deverão se dirigir à Comissão este ano. A lista completa de palestrantes está disponível aqui.

Fórum Geração Igualdade – A CSW65 é uma ponte importante para o Fórum Geração Igualdade, convocado pela ONU Mulheres e co-realizado pelos governos do México e da França, em conjunto com a juventude e a sociedade civil. O Fórum acontecerá na Cidade do México, de 29 a 31 de março, e culminará em Paris, de 29 de junho a 2 de julho. É projetado para inspirar ações urgentes, compromissos e investimentos em igualdade de gênero. Um evento paralelo virtual interativo em 19 de março abrirá os debates internacionais para o Fórum Geração Igualdade no México.

Como parte de seus esforços para impulsionar o progresso na igualdade de gênero, as lideranças das Coalizões de Ação do Fórum Geração Igualdade – parcerias novas e inovadoras, incluindo governos, movimentos e organizações feministas e jovens, o setor privado e organizações internacionais – revelaram os passos concretos de ação que considerarão como central para uma nova e ousada agenda feminista nos próximos cinco anos. Estes variam desde a introdução e implementação acelerada de leis e políticas que proíbem todas as formas de violência de gênero para proteger mais 550 milhões de mulheres e meninas em todo o mundo, até a introdução de medidas políticas para reconhecer, reduzir e redistribuir o trabalho de cuidado não-remunerado e criar pelo menos 250 milhões de vagas de trabalho decente ou dobrar a taxa de crescimento anual de financiamento para grupos feministas, liderados por jovens e mulheres de base.

A sessão de abertura da CSW65 que ocorre hoje contará com declarações de lideranças globais, incluindo a presidenta da 65ª Comissão sobre a Situação das Mulheres Mher Margaryan; o secretário-geral da ONU, António Guterres; a diretora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka; a representante da sociedade civil Virisila Buadromo e a líder jovem Renata Koch Alvarenga.

Junto com as 18 reuniões oficiais que incluem mesas-redondas ministeriais, a discussão geral e diálogos interativos, centenas de eventos paralelos e eventos paralelos hospedados por Estados- Membros da ONU, agências da ONU e organizações da sociedade civil acontecerão nas próximas duas semanas, principalmente em um formato virtual.

Antes da CSW65, a ONU Mulheres apoiou parcerias para organizar consultas regionais com ministras e ministros, especialistas em igualdade de gênero e organizações da sociedade civil na América Latina e Caribe, África e Estados Árabes, para construir consenso e prioridades de ação para o resultado da Comissão, que se espera que seja adotada no final da segunda semana.

Para obter mais detalhes sobre eventos paralelos, consulte o comunicado à mídia.

Para conteúdo editorial e recursos sobre a 65ª Comissão sobre a Situação das Mulheres, visite o site da CSW e In Focus CSW65.

Mídia social: participe da conversa online no Twitter usando as hashtags #CSW65, #GenerationEquality, #ActforEqual e seguindo @UN_Women. Você também pode encontrar o pacote de mídia social aqui.