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A ONU Mulheres é a organização das Nações Unidas dedicada à igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.

Brasil

UNOPS, ONU Mulheres e Ministério Público do Trabalho iniciam estudo com mulheres costureiras de São Paulo



18.06.2022


O UNOPS, organismo das Nações Unidas especializado em gestão de projetos, a ONU Mulheres e o Ministério Público do Trabalho (MPT) estão realizando um estudo inédito sobre as condições de vida e trabalho de mulheres costureiras do estado de São Paulo. O diagnóstico, que contempla diversos aspectos relacionados ao mundo do trabalho, inclui também a aplicação de um questionário, disponível aqui. Mulheres que atuam na cadeia da moda na região metropolitana da capital paulista podem responder ao formulário até o próximo dia 19 de junho.

As etapas do estudo estão sendo conduzidas pela Tewá 225, consultoria especializada em socioeconomia, contratada pelo UNOPS, com assessoria técnica de ONU Mulheres. Nesta fase de consulta às mulheres costureiras, o objetivo é conhecer a realidade dessas profissionais, seus desafios cotidianos e visão de futuro. O diagnóstico também inclui a realização de entrevistas com representantes de órgãos públicos, sindicatos, universidades e empresas do setor de confecção, além do próprio MPT.

Com os resultados, será elaborado um plano estratégico para o empoderamento econômico das mulheres que atuam na cadeia da moda. Esse plano poderá conter ações de capacitação, sugestões de mudanças na legislação, em políticas públicas e na fiscalização. A iniciativa está sendo financiada pelo MPT, a partir da aplicação de recursos oriundos da fiscalização da legislação trabalhista, em ação idealizada por ONU Mulheres.

No Brasil, a cadeia da moda possui grande relevância social e emprega milhares de mulheres. De acordo com a Associação Brasileira do Vestuário (Abravest), quase 90% do número total de profissionais que atuam com costura no país são mulheres.

O diagnóstico irá cobrir os seguintes assuntos: cadeia produtiva, terceirização e subcontratação; informalização; condições de trabalho; trabalho doméstico e de cuidado; trabalho infantil, forçado e em condições análogas à escravidão; migração e tráfico de pessoas. A previsão é que os resultados sejam publicados até agosto de 2022.