• Português

A ONU Mulheres é a organização das Nações Unidas dedicada à igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.

Brasil

Nas redes sociais, Maria da Penha e Juliana Paes falam sobre os desafios dos 10 anos da Lei Maria da Penha



07.08.2016


Confira: nota pública | vídeos com ativistas |ação digital “Lei Maria da Penha. A Lei de todas as mulheres” | fotos reunião da sociedade civil

Leia: Instituto Maria da Penha, Consórcio de ONGs Feministas e ONU Mulheres fazem avaliação dos 10 anos da Lei Maria da Penha
Maria da Penha, ONU Mulheres e ativistas defendem política de enfrentamento à violência contra as mulheres com perspectiva de gênero
Juliana Paes e ONU Mulheres iniciam contagem regressiva pelos dez anos da Lei Maria da Penha

Nas redes sociais, Maria da Penha e Juliana Paes falam sobre os desafios dos 10 anos da Lei Maria da Penha/

Nos 10 anos da lei que leva o seu nome, Maria da Penha Maia Fernandes pede adesão de municípios para serviços especializados, ensino de gênero nas escolas e universidades, profissionais em condições de atuar na prevenção e na eliminação da violência machista. “Precisamos dizer que as políticas públicas que fazem com q a lei saída do papel está implementada nos grandes municípios, geralmente capitais. E necessária a interiorização para q todas as mulheres sejam beneficiadas. Em relação ao tempo em que a lei foi criada e as políticas públicas nos municípios, isso nos preocupa muito”, disse Maria da Penha em vídeo durante entrevista à ONU Mulheres Brasil.

À frente do Instituto Maria da Penha, que realizou reunião com a ONU Mulheres e o Consórcio de Organizações Não-Governamentais Feministas pela Lei Maria da Penha, no final de julho, na Casa da ONU Brasil, Maria da Penha evidenciou a satisfação de dez anos depois, as mulheres continuarem engajadas com a implementação da lei. “Eu estou realmente feliz, neste aniversário da lei, por fazer parte do grupo que está analisando os dez anos da lei, onde estão todas as pessoas envolvidas na elaboração da lei: representantes das entidades sociais, judiciário, ministério público e ONU Mulheres”, revelou.

Dentre os desafios, Maria da Penha lançou a educação para desconstrução da violência e apoio às vítimas por crianças e jovens. “Investir na educação em todos os níveis para que as pessoas descontruam a política machista na sociedade. Educação em todos os níveis: do ensino fundamental ao universitário. No ensino fundamental para essas crianças que convivem com a violência doméstica percebam que não é certo observar o pai batendo na mãe”, afirmou.

Outro elo na educação destacado por Maria da Penha é o aumento da violência sexista entre a juventude e a preparação de profissionais que estarão na linha de frente na atenção as mulheres. “Essa educação continua em nível universitário para servir para a desconstrução da cultura machista tanto para os jovens que reproduzem muito a violência contra as mulheres e os universitários que estarão, no futuro, à frente desses equipamentos que atendem as mulheres em situação de violência. Universitários de saúde, do Serviço Social, enfim. Toda a gama de profissionais que podem estar preventivamente cuidando da saúde da mulher, física e psicológica, reprimindo a violência contra as mulheres”, concluiu Maria da Penha.

Atuação da defensora Juliana Paes nas redes sociais – Desde 25 de julho – Dia Laranja, que acontece todos os meses no dia 25, e Dia da Mulher Afrolatinoamericana, Afrocaribenha e da Diáspora, Juliana Paes dedica todos os dias postagens no seu perfil do facebook para mais de 5 milhões de pessoas. Com mensagens diárias, a defensora para a Prevenção e a Eliminação da Violência contra as Mulheres da ONU Mulheres Brasil está fazendo contagem regressiva nos 10 anos da Lei Maria da Penha.

“A Lei Maria da Penha é conhecida pela maioria das pessoas. É a lei de todas as mulheres brasileiras que vivem sob a tensão diária da violência machista. Todas as brasileiras precisam saber os seus direitos, reconhecer os primeiros sinais da violência e onde encontrar acolhimento de qualidade. Queremos evitar a violência, mas se ela acontecer as mulheres devem ter informação para acessar os serviços essenciais e estes devem estar preparados para atendê-las com qualidade e humanização”, considerou Juliana Paes, defensora para a Prevenção e a Eliminação da Violência contra as Mulheres da ONU Mulheres Brasil a ONU Mulheres Brasil.

Para o dia em que a Lei Maria da Penha completa dez anos, neste domingo (7/8), Juliana Paes postou no facebook que a lei é uma conquista para todas as brasileiras e os desafios em garantir que elas tenham uma vida sem violência. “Em briga de marido e mulher, eu meto a colher, sim! A Lei Maria da Penha alterou a forma como enxergamos a violência contra as mulheres no contexto doméstico”, enfatizou em mensagem na rede social.