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A ONU Mulheres é a organização das Nações Unidas dedicada à igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.

Brasil

Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 completa 10 anos



25.11.2015


Entre 2006 e 2015, foram realizados cerca de 5 milhões de atendimentos.  Em 2015, foram 634.862 atendimentos de janeiro a outubro, 56,17% superior ao número de atendimentos realizados no mesmo período de 2014

Clique aqui para acessar o balanço do Ligue 180 (janeiro a outubro 2015)

 

Central de Atendimento à Mulher   Ligue 180 completa 10 anos/

Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres Brasil, prestigiou ato de comemoração de 10 anos do Ligue 180

A Central de Atendimento à Mulher- Ligue 180 comemora 10 anos de prestação de serviços neste mês de novembro. No período foram realizados 4.708.978 atendimentos. Desses, 552.748 foram relatos de violência, com destaque para os de violência física (56,72%) e psicológica (27,74%).

Entre 2006 e 2015, a Central consolidou-se como canal de informações sobre legislações e direitos, violências e crimes e serviços especializados no atendimento de mulheres em situação de violência. Ao longo de 10 anos, foram prestadas 1.661.696 de informações pelo Ligue 180 e 824.498 encaminhamentos a serviços da Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.

Em 2015, de janeiro a outubro, a Central realizou 634.862 atendimentos. Foram em média63.486 mensais e 2.116 diários. Essa quantidade foi 56,17% superior ao número de atendimentos realizados no mesmo período de 2014 (406.515).

Do total de atendimentos deste ano, 39,52% corresponderam à prestação de informações, principalmente sobre a Lei Maria da Penha; 9,65% foram encaminhamentos para serviços especializados; e 40,28% encaminhamentos para outros serviços de tele aten¬dimento, tais como 190 da Policia Militar, 197 da Polícia Civil e Disque 100 da Secretaria de Direitos Humanos.

Em 2015, do total de atendimentos, 63.090 foram relatos de violência, dos quais 58,55% foram cometidos contra mulheres negras. Na avaliação dos técnicos da Central, esses dados demonstram a importância da inclusão de indicadores de raça e gênero nos registros administrativos referentes à violência contra as mulheres.

Dentre os relatos, 49,82% corresponderam a relatos de violência física; 30,40% de violência psicológica; 7,33% de violência moral; 2,19% de violência patrimonial; 4,86% de violência sexual; 4,87% de cárcere privado; e 0,53% de tráfico de pessoas.

Em comparação com o mesmo período em 2014, a Central de Atendimento à Mulher constatou que houve aumento de 300,39% nos registros de cárcere privado, com média de dez registros/dia; de 165,27% nos casos de estupro, com média de oito relatos/dia, ou seja, a cada 3 horas é registrado um caso de estupro no Ligue 180; e de 161,42% nos relatos de tráfico de pessoas, com registro médio de 1 registro/dia.

Campo Grande permanece com a maior taxa de relatos de violência, seguida por Rio de Janeiro e Natal. Foi em Campo Grande que a Secretaria de Políticas para as Mulheres inaugurou a primeira Casa da Mulher Brasileira, em fevereiro de 2015. Entre as unidades da federação, foi no Distrito Federal a maior taxa de relatos de violência pelo Ligue 180, seguido por Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro.
Nos primeiros seis meses de 2015, o Ligue 180 atendeu todas as 27 unidades da federação, com média de 52,45 relatos de violência por 100 mil mulheres.

A quantidade de relatos de violência entre janeiro e outubro de 2015 foi 40,33% superior aos relatos registrados no mesmo período em 2014 (44.957).