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A ONU Mulheres é a organização das Nações Unidas dedicada à igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.

Brasil

Em Roraima, a ONU, poder público e sociedade civil promovem informação, cuidado e proteção para refugiadas e migrantes



28.04.2021


Em Boa Vista e em Pacaraima, atividades alusivas ao Dia Internacional das Mulheres  incluíram entrega de kits de higiene e cuidado pessoal, distribuição de cartilhas, cinedebates, apresentações culturais, rodas de conversa, oficinas e atendimentos individuais; ações pontuais seguem até o final do mês

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Rodas de conversa e cinedebates buscaram reforçar temas como identificação e enfrentamento da violência contra mulheres. Foto: Divulgação/Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados

Cuidados de prevenção contra o novo coronavírus, fortalecimento das redes de apoio, empreendedorismo e autonomia financeira, identificação e enfrentamento da violência contra as mulheres. Esses são alguns dos temas que orientaram atividades alusivas ao Dia Internacional das Mulheres em Roraima. As ações, que iniciaram na última semana de fevereiro, seguem até o fim de março estão sendo promovidas por agências da ONU e por organizações parceiras. A ONU Mulheres, como entidade que lidera o tema de gênero, também tem dedicado atenção especial a mulheres refugiadas e migrantes no território durante as atividades. 

O 8 março, Dia Internacional das Mulheres, é uma data muito importante de reivindicação pela igualdade de gênero e empoderamento das mulheres, e deve ser celebrada não apenas como um dia de homenagem às mulheres , mas de reconhecimento da mobilização diária pelos direitos das mulheres. Por isso, a ONU Mulheres entende a importância de se coordenar atividades com diversas organizações entre agências da ONU, sociedade civil e  poder público, pois assim ampliamos o alcance das ações às mulheres e a assertividade da resposta humanitária em apoio às mulheress”, explica a gerente de Liderança e Participação em Ação Humanitária da ONU Mulheres, Tamara Jurberg.  

Entre as organizações e agências da ONU envolvidas nessa ação conjunta em Roraima estão UNFPA, ACNUR, OIM, Fraternidade sem Fronteiras, Exército da Salvação, Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados, AVSI, ADRA, Cáritas, Serviço Pastoral do Migrante, Pirilampos. Instituições públicas também participaram, como a Procuradoria Geral do Ministério da Justiça de Roraima, Tribunal de Justiça de Roraima, Coordenação Estadual de Políticas Públicas para as Mulheres, Defensoria Pública do Estado de Roraima, Secretaria Municipal de Assistência Social de Pacaraima e Operação Acolhida. 

Programação diversaAs atividades iniciaram na última semana de fevereiro, com grupos focais de mulheres refugiadas e migrantes. Desde 1º de março, estão sendo distribuídos kits de cuidado e higiene pessoal a mulheres que estão nos abrigos e em situação de vulnerabilidade em Boa Vista. Nos últimos dias, programas de rádio, mensagens por celular e atividades presenciais também têm sido promovidas para abordar diferentes temas, que vão de   direitos das mulheres a empreendedorismo. Atividades culturais também estiveram na agenda alusiva ao 8 de março, como oficinas de artesanato, sarau cultural, aulas de zumba e yoga, cinedebates, exposição artística e produção de vídeos – tudo seguindo as normas de distanciamento social e medidas de proteção contra a COVID-19. 

Em tempos de COVID-19, essa celebração se torna ainda mais importante, já que mulheres são maioria na linha de frente, nelas que recai majoritariamente a carga das tarefas domésticas, de cuidado com idosos, com pessoas doentes e crianças, e são também a maioria no mercado informal, setor que mais sofreu com as consequências da pandemia. Ao mesmo tempo, precisamos respeitar todas as medidas sanitárias e de distanciamento para que nossas atividades não aumentem a transmissão do vírus. Por isso, planejamos as atividades em grupos pequenos e em espaços o mais arejado possível”, completa a gerente da ONU Mulheres. 

Algumas atividades seguem até o final de março. Uma exposição segue até o dia 30 no Pátio Roraima, mostrando o trabalho de mulheres  mobilizadas por igualdade e direitos. Nas redes sociais das organizações, histórias de vida e mensagens alusivas ao tema também continuam durante todo o mês. Na semana passada, aconteceram previstas blitz educativas, distribuição de brindes e produtos de cuidado pessoal, oficina sobre empreendedorismo, cinedebate e rodas de conversa nos abrigos de Boa Vista. Em Pacaraima, as atividades eguiramseguiram até sexta-feira (12/3), com cinedebates, rodas de conversa e grupos focais de dança e artesanato nos abrigos, além de atendimento de saúde. 

Na mesma iniciativa, o UNFPA estendeu suas atividades também para mulheres que têm trabalhado na resposta humanitária em Manaus (AM). As atividades voltadas para o bem-estar, a saúde mental e o enfrentamento da violência baseada em gênero estão sendo oferecidas para trabalhadoras humanitárias das agências da ONU e de organizações parceiras que atuam na capital amazonense.