Embrapa e ONU Mulheres firmam parceria estratégica para promover igualdade de gênero no campo
17.04.2025
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a ONU Mulheres assinaram nesta quarta-feira (16) uma carta de intenções para integrar a perspectiva de gênero nas políticas públicas de desenvolvimento agropecuário. O evento contou com a presença de Silvia Massruhá, presidenta da Embrapa, Fernanda Machiavelli, Secretária-Executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e Cláudia de Pinho, diretora do Departamento de Gestão Socioambiental e Povos e Comunidades Tradicionais do Ministério do Meio Ambiente. A temática da parceria é “Unir e Fortalecer as mulheres do campo, das águas, das florestas, das cidades e das ciências”.
O objetivo da parceria é institucionalizar a perspectiva de gênero nas políticas públicas de agricultura, abordando temas como recursos naturais, mudanças climáticas, bioeconomia, automação e segurança alimentar. A partir da formalização da parceria, as instituições vão trabalhar em projetos para produzir evidências para políticas públicas, capacitação institucional, tecnologias sociais e inovação, além de governança e articulação. A proposta é superar as desigualdades estruturais enfrentadas pelas mulheres nos territórios rurais brasileiros, promovendo acesso equitativo a tecnologias e fortalecendo a participação feminina nos arranjos produtivos locais.
Silvia Massruhá, primeira mulher a presidir a Embrapa em seus 51 anos de história, destacou a importância da colaboração com a ONU Mulheres para a construção de um futuro mais justo e sustentável. “Esta parceria é um marco estratégico para garantir que as políticas públicas considerem o papel central das mulheres na produção de alimentos e na soberania alimentar”, afirmou.
A Representante Interina de ONU Mulheres, Ana Carolina Querino, destacou a expectativa da instituição sobre esses trabalhos. “A ONU Mulheres traz um conjunto de conhecimentos e práticas fundamentais para o sucesso desta parceria. Combinando a expertise da Embrapa em áreas críticas como recursos naturais, mudanças climáticas, segurança alimentar e inovação, trabalharemos juntas para implementar projetos que não apenas promovam a equidade de gênero, mas também garantam práticas agrícolas mais sustentáveis e inovadoras.”
O evento contou ainda com a presença de representantes de movimentos sociais e do Governo Federal, incluindo a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ), a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT).