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A ONU Mulheres é a organização das Nações Unidas dedicada à igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.

Brasil

Na redes sociais, ONU Mulheres e Juliana Paes convidam sociedade, governos e empresas para mobilizações nos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres



24.11.2017


Defensora para a Prevenção e a Eliminação da Violência contra as Mulheres da ONU Mulheres Brasil chama a atenção para casos recentes de feminicídio no Brasil, amplamente divulgados no início de novembro. Neste ano, a ONU adotou o lema “Não deixar ninguém para trás: acabar com a violência contra as mulheres” em referência aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

 

“Feminicídio de adolescente dentro da escola. Mulheres que tiveram seus corpos queimados. Universitária assassinada em ponto de ônibus. Adolescente morta após espancamento. Essas são histórias de mulheres que foram vítimas da violência de gênero nas últimas semanas. Vidas brutalmente interrompidas pelo machismo. São mulheres que não podemos esquecer. Histórias que não podem se repetir. Crimes que não podem ficar impunes”, diz em vídeo Juliana Paes, defensora para a Prevenção e a Eliminação da Violência contra as Mulheres da ONU Mulheres Brasil.

A mensagem se dirige ao público de internet e circula na véspera do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, 25 de novembro. Em vídeo, a defensora apresenta o tema adotado pela ONU: “Não deixar ninguém para trás: acabar com a violência contra as mulheres e meninas”, vinculado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Em comunicado à imprensa, a secretária-adjunta da ONU e diretora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, frisou a relação da campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres com os ODS. “A essência do tema de hoje “Não deixar ninguém para trás” é que ninguém deve ser deixada de fora. Isso significa ter mulheres e meninas em pé de igualdade e incluí-las em todos os assuntos que as preocupam e projetar soluções para acabar com a violência junto com aquelas pessoas anteriormente omitidas, relegadas ou marginalizadas. Como comunidade global, podemos acabar com a violência contra mulheres e meninas, transformar instituições e unir os esforços para erradicar a discriminação, restaurar os direitos humanos e a dignidade e não deixar ninguém para trás”, afirma Phumzile Mlambo-Ngcuka, secretária-adjunta da ONU e diretora executiva da ONU Mulheres.

No Brasil, a mobilização começou na segunda-feira (20/11), Dia da Consciência Negra, o que amplia a campanha dos 16 Dias para o período de 20 de novembro a 10 de dezembro. “A antecipação do Brasil ocorreu por iniciativa da sociedade civil, para destacar o racismo como violência na vida das mulheres negras, ampliando a violação dos seus direitos humanos. Ao levar a cor laranja para as cidades, queremos provocar o debate sobre a violência de gênero, buscar formas de prevenção e incentivar mobilizações locais em favor dos direitos das mulheres e meninas”, considera Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres Brasil.

 

16 Dias de Ativismo – No vídeo, Juliana Paes, defensora da ONU Mulheres, incentiva o engajamento da sociedade para a eliminação da violência de gênero. “Os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres nos trazem a oportunidade de aumentar a mobilização pública pelos direitos humanos de mulheres e meninas. Contamos com você para participar das atividades na sua cidade, escola, universidade, empresa”.

No Brasil, a campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres se inicia em 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra, e termina em 10 de Dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos. Os 16 Dias de Ativismo começaram em 1991, quando mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (CWGL), iniciaram uma campanha com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo.

A data é uma homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, que se posicionaram contrárias ao ditador Trujillo, ficando conhecidas como “Las Mariposas”. Elas foram assassinadas em 1960, na República Dominicana. Hoje, cerca de 150 países desenvolvem esta campanha. No Brasil, ela acontece desde 2003, por meio de ações de mobilização e esclarecimento sobre a violência de gênero.