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A ONU Mulheres é a organização das Nações Unidas dedicada à igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.

Brasil

ONU Mulheres e Mangueira firmam, neste sábado (11/10), parceria no carnaval sobre a igualdade de gênero



09.10.2014


Escola destaca mulheres no enredo e faz adesão às campanhas “O Valente não é Violento” e “Pequim+20 – Empoderar as Mulheres. Empoderar a Humanidade. Imagine!”, com ações em projetos sociais e culturais no período 2014-2015

ONU Mulheres e Mangueira firmam, neste sábado (11/10), parceria no carnaval sobre a igualdade de gênero/

2015 é o Ano das Mulheres na Mangueira

Em 2015, a Estação Primeira de Mangueira levará para a Marquês de Sapucaí os direitos das mulheres e a luta delas pela igualdade de gênero. No próximo sábado (11/10), no Rio de Janeiro, a escola de samba carioca anunciará a nova parceira para o carnaval 2015: a ONU Mulheres Brasil.

Em feijoada em homenagem à agência das Nações Unidas, a escola de samba assumirá o reforço à campanha “O Valente Não é Violento”, da ONU, voltada a homens e meninos. Com ações para educadores e formadores de sua comunidade, a Mangueira pretende incentivar o apoio masculino à igualdade de gênero e ao enfrentamento à violência contra mulheres e meninas.

“Ao eleger 2015 como o Ano das Mulheres na Mangueira, a escola se engaja na rede em defesa dos direitos das mulheres. A partir dessa parceria, reforçaremos o trabalho da Mangueira em favor da igualdade de gênero no dia a dia de milhares de pessoas que estão envolvidas nos projetos sociais e na comunidade como um todo. Estamos muito animadas com o compromisso da escola em contar a história das mulheres da Mangueira e do Brasil na passarela do samba para milhões de pessoas”, diz Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres Brasil.

Com enredo voltado às mulheres, o carnaval 2015 da Mangueira é uma das atividades do calendário de celebração Pequim+20, que busca apoio global ao cumprimento da Plataforma e do Plano de Ação de Pequim. Liderada pela ONU Mulheres, a campanha internacional Pequim +20 tem como lema “Empoderar as Mulheres. Empoderar a Humanidade. Imagine!” chegará ao espaço do samba. “Pequim+20 é uma mobilização internacional para avançar na garantia e no acesso dos direitos de mulheres e meninas. Na sua proposta para o carnaval 2015, a Mangueira quer propor um futuro sem discriminações de gênero. A mensagem da igualdade de gênero e do empoderamento das mulheres tem de alcançar mentes e corações por diferentes linguagens e o samba é uma delas”, completa Nadine.

Valorização das mulheres – O Ano das Mulheres na Mangueira se iniciou em setembro de 2014 e seguirá até setembro de 2015 com ações junto a projetos sociais, tais como Vila Olímpica, Segundo Tempo da Educação e escola técnica.

A Mangueira é uma das mais tradicionais escolas de samba do Rio de Janeiro e foi fundada em 28 de abril de 1928. Foi a primeira escola a incluir mulheres na ala de compositores.

Para o carnaval 2015, a escola desenvolverá o enredo “Agora chegou a vez vou cantar, mulher brasileira em primeiro lugar”. Na Marquês de Sapucaí, mulheres do dia a dia, artistas e figuras históricas, entre elas: Teresa de Benghela, Dandara, Tia Ciata, Xica da Silva, Mãe Menininha Gantois, Chiquinha Gonzaga, Clara Nunes, Dalva de Oliveira, Elis Regina, Princesa Isabel, Imperatriz Leopoldina, Maria Quitéria e Maria Bonita.

Mobilização global – Em maio passado, a ONU Mulheres lançou a campanha Pequim+20 “Empoderar as Mulheres. Empoderar a Humanidade. Imagine!” com um ano de atividades em todo o mundo para mobilizar governos, cidadãos e cidadãs para imaginar um mundo em que a igualdade de gênero seja uma realidade e se unir a um debate mundial sobre o empoderamento das mulheres com a finalidade de empoderar a humanidade.

Em março de 2015, avanços e lacunas da Declaração e da Plataforma de Pequim serão discutidas na Comissão sobre a Situação da Mulher (CSW), culminando com um evento de alto nível na Assembleia Geral da ONU, em setembro. Será um posicionamento importante sobre a agenda pós-2015, propondo um modelo de desenvolvimento para o futuro em que a garantia dos direitos das mulheres, a autonomia e a igualdade de gênero fazem parte dos grandes debates e acordos mundiais.