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A ONU Mulheres é a organização das Nações Unidas dedicada à igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.

Brasil

Vice-presidenta do Panamá inaugura consulta regional da América Latina e Caribe sobre a #CSW61



07.02.2017


61ª Sessão da Comissão da ONU sobre a Situação das Mulheres acontecerá, entre 13 e 24 de março, em Nova Iorque. Encontro tem como tema “Empoderamento econômico das mulheres no mundo do trabalho em mudança”. Consulta regional reúne ministras da Mulher e autoridades máximas de gênero de 25 países latino-americanos e caribenhos

Vice presidenta do Panamá inaugura consulta regional da América Latina e Caribe sobre a #CSW61/

Foto: ONU Mulheres/Rodrigo Herrera

A Comissão da ONU sobre a Situação das Mulheres é o órgão intergovernamental dedicado exclusivamente para promover a igualdade de gênero e o empoderamento das mulherres. Neste ano, abordará o tema prioritário “Empoderamento econômico das mulheres no mundo do trabalho em mudança” durante a sessão anual que acontecerá, na sede da ONU, entre 13 e 24 de março. Outro assunto que estará na agenda como tema emergente é o empoderamento das mulheres indígenas, de participar relevância para América Latina e Caribe, onde vivem mais de 45 milhões de indígenas.

A vice-presidenta e ministra das Relações Exteriores do Panamá, Isabel de Saint Malo de Alvarado, inaugurou as consultas em cerimônia celebrada no Parlamento Latino-americano e Caribenho (Parlatino, na capital panamenha. “Estamos em 2017 e realmente necessitamos mover a agenda do empoderamento das mulheres com mais energia”, destacou a vice-presidenta. Ela disse que é imprescindível que os homens se envolvam e co-liderem esse processo, ao saudar o movimento ElesPorElas (HeForShe).

Por sua vez, a subsecretária-geral das Nações Unidas e diretora executiva adjunta da ONU Mulheres, Lakshmi Puri, considerou que diante da desaceleração econômica que atravessa a América Latina e Caribe empoderar economicamento as mulheres contribuiria paara aumentar o Produto Interno Bruto per capita em até 14%. “Apesar disso, as mulheres continuam relegadas a trabalhos com baixa remuneração e qualidade, sem acesso à tomada de decisões e assumindo a carga de trabalho doméstico e de cuidado não remunerado”, assinalou.

A diretora geral do Instituto Nacional da Mulher, Liriola Leoteau, considerou: “Estamos convencidas que garantir um mundo sustentável exige tomar consciência das diversas formas de discriminação que cotidianamente impedem milhões de mulheres a participar, com justiça social, dos benefícios do seu trabalho e de uma equitativa distribuição de riquezas. Isso nos mobiliza de maneira particular para a urgência de estabelecer estratégias efetivas para derrubar as múltiplas barreiras que impedem a participação efetiva das mulheres na tomada de decisões sobre as políticas econômicas, fiscais, macroeconômicas e que influenciam nas relações de trabalho em cenários que tendem a maior desproteção, afetando de modo particular as mulheres empobrecidas e as que se encontram em vulnerabilidade social”.

Vice presidenta do Panamá inaugura consulta regional da América Latina e Caribe sobre a #CSW61/

Foto: ONU Mulheres/Eduard Serra

A abertura da consulta contou com a presença da diretora geral do Instituto Nacioanl das Mulheres do Uruguai (INMujeres), Mariella Mazzotti, e da diretora regional da ONU Mulheres para Américas e Caribe, Luiza Carvalho. Estiveram presentes cerca de 80 representantes de organizações e redes de mulheres e feministas da América Latina e Caribe

As consultas se estenderão até esta quarta-feira (8/2), quando os governos participantes adotarão uma posição comum e definirão uma declaração com os princiupais temas de preocupação para a região, vinculados ao empoderamento econômico e trabalhista das mulheres e a situação das mulheres indígenas, entre outros. A expectativa é que durante a sessão da CSW, em março, esses temas estejam incluídos nos acordos dos Estados-Membros para acelerar em âmbito global o pleno exercício dos direitos das mulheres. Tais acordos reunidos nas conclusões acordadas da CSW são remetidas ao Conselho Econômico e Social das Nações Unidas para o seu seguimento.