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A ONU Mulheres é a organização das Nações Unidas dedicada à igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.

Brasil

#NãoTemDesculpa: UNA-SE pelo fim da violência contra mulheres e meninas



17.10.2024


#NãoTemDesculpa: UNA SE pelo fim da violência contra mulheres e meninas/violencia contra as mulheres 16 dias de ativismo

A cada 11 minutos, um parceiro íntimo ou um familiar mataram intencionalmente uma mulher em 2022. A crise da violência de gênero é urgente.

É por isso que, durante os 16 Dias de Ativismo contra a Violência de Gênero, a campanha UNA-SE destaca a alarmante escalada da violência contra as mulheres sob o tema: “A cada [11] minutos, uma mulher é morta. #NãoTemDesculpa. UNA-SE para acabar com a violência contra as mulheres e meninas”.

Quase uma em cada três mulheres foi vítima de violência em algum momento da vida. Meninas estão em risco particular de violência — 1 em cada 4 adolescentes é sofre abuso por seus parceiros.

Para pelo menos 48.800 mulheres em 2022, o ciclo de violência de gênero terminou com um último e brutal ato — seu assassinato por um parceiro íntimo ou outro familiar.

Fatos sobre a violência contra mulheres e meninas

Feminicídio refere-se aos assassinatos relacionados ao gênero. É um problema universal e a manifestação mais brutal, visível e extrema do espectro de violências de gênero que mulheres e meninas sofrem.

O feminicídio é a prova definitiva de que os sistemas e estruturas destinados a proteger mulheres e meninas estão falhando. A normalização da violência — desde o abuso doméstico até o assédio no trabalho e em espaços públicos, além da violência digital — cria um clima cultural em que mulheres são abusadas e mortas intencionalmente, muitas vezes com impunidade.

Mulheres e meninas estão em maior risco de serem mortas em casa — 55% de todos os homicídios de mulheres foram cometidos por parceiros íntimos ou familiares, enquanto apenas 12% dos homicídios de homens foram perpetrados por familiares.

As mulheres também não estão seguras fora de casa. Mulheres com perfis públicos, incluindo aquelas na política, defensoras de direitos humanos e jornalistas, são frequentemente alvos de atos intencionais de violência, tanto online quanto offline, alguns dos quais resultam em mortes intencionais e assassinatos.

Estudos mostram que de 16% a 58% das mulheres no mundo enfrentam violências de gênero mediadas pela tecnologia, sendo as mulheres mais jovens particularmente afetadas, com as gerações Z e Millennials sendo as mais impactadas.

Mulheres em situação de conflito, guerra e crise humanitária são ainda mais vulneráveis — 70% delas enfrentam violência de gênero.

Como prevenir a violência contra as mulheres

O que sabemos sobre o feminicídio é que, muitas vezes, ele é o ápice de episódios repetidos e crescentes de violência de gênero, o que significa que pode ser prevenido se os primeiros sinais de violência forem abordados de forma eficaz.

Sem acabar com a violência contra mulheres e meninas, o mundo não poderá alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Essa violência continua sendo uma grande barreira para a igualdade de gênero, um compromisso assumido na Quarta Conferência Mundial sobre a Mulher, com a adoção da visionária Declaração e Plataforma de Ação de Pequim em 1995. A Plataforma de Ação de Pequim incluía medidas específicas que os países poderiam tomar para acabar com todas as formas de violência contra mulheres e meninas.

#NãoTemDesculpa: Tome uma atitude para acabar com a violência contra as mulheres

Acabar com a impunidade, defendendo e estabelecendo leis e políticas que responsabilizem os agressores.

Adotar, implementar e financiar Planos de Ação Nacionais para acabar com a violência contra mulheres e meninas. Esses planos definem as decisões políticas e de investimento que os governos tomam.

Investir em soluções para prevenir a violência contra mulheres e meninas.

Todos têm um papel a desempenhar para acabar com o abuso e a morte de mulheres.

Os governos podem aprovar e aplicar leis e Planos de Ação Nacionais para prevenir a violência contra as mulheres, proteger mulheres e meninas, e investir em movimentos femininos, programas de prevenção e serviços de apoio às sobreviventes. Os países que aprovaram leis para acabar com a violência doméstica têm, em média, taxas mais baixas de violência por parceiro íntimo (9,5% em comparação com 16,1%).

Empresas e instituições podem implementar políticas de tolerância zero a todas as formas de violência contra as mulheres e apoiar ativamente as sobreviventes. Agora é o momento de aumentar a conscientização e organizar eventos usando a cor laranja e falar, tanto online quanto offline, usando #NãoTemDesculpas #16Dias.

Indivíduos podem usar sua criatividade para promover uma mensagem de tolerância zero à violência contra mulheres e meninas, negociar com líderes para adotar e implementar leis e políticas, apoiar e doar para organizações locais de mulheres e aumentar a conscientização usando os materiais da campanha #NãoTemDesculpas em casa, nas escolas, comunidades e nos espaços digitais.

A violência contra as mulheres não é inevitável. Ela pode e deve ser interrompida. Junte-se a nós para agir durante os #16Dias e todos os dias.

Leia o conceito da campanha, disponível em inglês.

Nota: [1] Esse dado é baseado no relatório de 2023 do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime e da ONU Mulheres. Antes dos 16 Dias de Ativismo, espera-se que o UNODC e a ONU Mulheres divulguem dados atualizados, e o slogan da campanha será ajustado de acordo, podendo ser adaptado com base em dados regionais ou nacionais disponíveis.